Alcaidaria em Terra Brasilis. Onde se leva a sério o hilário e aí se torna possível chorar e rir ao mesmo tempo. Profetas, poetas, estetas e anacoretas teorizam sobre este fenômeno emocional quase coletivo. Choriso está além do azul do céu de Zanzibar. É terra, mar, gente, acima de valores mesquinhos.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Chi va, non puó; chi puó, non va; chi sa, non fa; chi fa, non sa; e cosi, male il mondo va
Chi è lontano ha sempre torto
Não há ausentes sem culpa, nem presentes sem desculpa.
Carcanico é um cara progressista no seu ramo de atividades, com a mania de andare a capo alto, que não se expressa direito nem em choriês. Não mais do que de repente resolveu se tornar o conselheiro do mundo.
Desde quando saiu da pátria de parição na busca dos seus ideais até chegar para desenvolver a antiga Sorriso, hoje, Choriso, que não tem sossego na sua empáfia de ironizar a cara de deus e do mundo. Dizem as boas linguas que pretende patentear o seu nobre pensamento de que tudo que vem das Oropa, França & Bahia é de primeira e lá não tem ninguém limitad.
E que muitos patrícios de lá seriam sabidos por natureza ou vivos por esperteza. Quem pensa assim pensa por baixo. O pensamento humano mundial deve muito a Montesquieu, Diderot, Voltaire, Rousseau...
Mas entre a Filosofia e outros modos de vida, Giuseppe Pitrè, no final do século XIX, dizia que a "Máfia é a consciência do valor de alguém; o conceito exagerado de força individual como o juiz único de todos os conflitos de interesses ou idéias".
O cara dá um chute amador, como quem não conhece seu mercado, e bota uma filial num beco sem saída. Tempos depois fecha a filial.
Depois que se arvora de conselheiro para os males do mundo, coincide de Choriso desativar escolas sem alunos, que o povo de alguns lugarejos cresceu em número, mas não reproduziu muitos filhos, e encolheu com uma parte que debandou pra cidade e proutros cantos.
Aí o sujeito que fechou uma filial do seu negócio que dava prejuízo vem abrir a boca agora pra criticar quem fecha repartições sem público a atender --por medida de economia--, remanejando a dúzia que estudava em cada uma delas e os funcionários também.
Não haveria incompetência administrativa de quem institui escolas onde o povo veio a minguar nem de quem tenta conter gastos incompatíveis com a lógica do presente... de grego...
Chi va, non puó; chi puó, non va; chi sa, non fa; chi fa, non sa; e cosi, male il mondo va
Quem vai não pode, quem pode não vai; quem sabe não faz, quem faz não sabe; e assim, o mundo vai mal