domingo, 31 de outubro de 2010

Todo tipo de sujeira misturada fica que é um lixo só


COLETA DE LIXO.  Noronha, o blogueiro pobre de espírito
Em plena limpeza de construção
Este Choriso se encaixa mais ou menos numa realidade de cidade pequena, que se desenvolve no tempo como as coisas normais. O vibrante amor da  maioria dos que adotaram a doce terrinha é o o sal da terra que o Mestre quis a todos como tal: elementos preciosos, de grande utilidade na economia social, tipos de honestidade, incorruptíveis e preservadores da dissolução moral no meio em que se encontram.

O Choriso em reconstrução (no canteiro de obras aí do lado não se indicam as usucapiões e os loteamentos) se chamava Sorriso no tempo do Império. Na Cidade Velha, que ainda influi na Nova, os legisladores estruturaram as regras ao mesmo tempo que  também se estruturaram como dependentes econômicos e emocionais da então aldeota, no sentido de ter pouca gente, claro!

O Rei Mimético Prisco era alto, o que lhe permitia, obviamente, um campo de visão maior sobre as coisas. E ele definiu como regra única da Carta Magna que todos, seus súditos convictos, ou não -- sem exceção, tinham que venerar Sorriso como terra do Amar Eterno.

Oficialmente, só não era punível falar de bem de tudo e de todos, mesmo que emergissem besteiras muitas nos desvãos nas águas-furtadas, em terra, mar e ar. Germinavam. Irrompiam. Alastravam-se.
Falhas monárquicas, augustas e majestáticas deveriam ser sinômino de virtudes. Exceção no mundo moderno, a única coisa similar a Sorriso seria a futura democradura da cidade-irmã de Sucupira com o seu Odorico Paraguaçu.


Pois bem. Era um tiquinho de nada o lixo domicilar da Cidade Velha. Em duas viagens por dia uma carroça de boi manso, -- apelidado Espadachim, -- chifres curtos, com freio de argola nas ventas, dava conta de tudo.

Quando a sujeira aumentou um pouquinho, foi botada uma carroça puxada pelo Corajudo, jumento inteiro, lerdo mas metódico, como todo jumento. E olhe que ainda não tinha sido considerado irmão pelo saudoso padre Antônio Vieira, lá do estado-irmão, o Ceará. Jumento, nosso irmão. Jumenta, nossa irmã.

Nos tempos de hoje, os automotores de Choriso se deslocam em velocidade supersônica. Mas, supersônico e equilibrado nas curvas fechadas era o Corajudo, que desembestava com carroça e tudo quando pressentia uma jumentinha na sua medida.




Enquanto aquilo ali acontecia, lá nas capitais da terra brasilis a coleta de resíduos era motorizada. Materiais bem específicos, saídos das camarinhas e das casas de banho, eram enterrados no quintal, que o povo se acanhava com muitas coisas. Ter e defender seus brios sempre foi questão de honra dos dignos.


Pois sim. Em Belo Horizonte das Minas Gerais, por exemplo, as camionetas eram fechadas, com tampas deslizantes.A sofisticação pra época ficava por conta de que elas se escoltavam por cafuringas-pipas com bombas, para lavagem dos locais visitados. Aí é  que se chama higienização!
Já era tal a organização nas coisas em BH de MG, no tempo do ronca, que a rapidez nas operações de desmonte desses monturos esquentava os carros, mas a lavagem no local mantinha o pessoal e tudo o mais limpo, higienizado e sem mau cheiro...CONTINUA

O TRADICIONAL

E A MODERNIDADE





--JUNTOS--EM CHORISO