terça-feira, 28 de setembro de 2010

SEIXOS NOS TORRÕES  Há torrão de barro, torrão de açúcar, torrão duma porrada de coisas. Até torrones de chocolate.

Se seca de+, se tosta, vira torrão. E se se vender alguma coisa por preço baixo, pra queimar estoque, também tá torrando, queimando...

Chatear, aborrecer, também pode ser torrar o saco, encher o saco!

E certas (ou erradas?) promessas também são capazes de esquentar a cuca de muita gente e, numa estranha reação molecular, se transformar em gelo...

Torreões são as largas torres das muralhas dos castelos imperiais.

Torrões é um lugarejo daqui de Choriso que só come poeira a vida toda.

Num tinha nada a ver com eleição, não, que a ideologia chorisquense é transparente, reluzente e faiscante que se filtra como num brilhante lapidado para produzir a ilusão óptica do arco-íris...

Num é que, nesta campanha estadual-federal d'agora, uns caminhões deram uma ruma de seixos (oops!) de pedra tosca pra calçamentar Torrões, mesmo no canto que seria uma prometida e sonhada praça que nunca teve nada de real deveras, de mesmo!

A alegria durou menos do que daqui p'a pouco.

E o caminhão que estava a serviço do cuidando da cidade e do povo recolheu os seixos num se sabe nem pra onde, porque -- defenderam-se o motorista e seus ajudantes na hora do  pega-pra-capar da putaria da interrogação do povo enganado de novo: -- A prefeitura [de Choriso (claro ou escuro?)] num pagou!